Muito bom post! Sou jogadora de futsal e na minha "carreira" já tive muitos entorses, alguns mal curados por falta de conhecimento tanto meu como das pessoas que me acompanhavam. Neste momento, ligo sempre os pés para treinos ou jogos. Sinto-me confortável com as ligaduras, aliás, sem elas jogaria a medo... A equipa onde estou leva todo o tipo de lesões muito a sério e recomenda sempre o RICE ;)

Lia Relvão

Obrigado Lia pelo elogio. Se com os meus conselhos eu consegui evitar uma simples lesão que fosse no vosso plantel, já dou por bem empregue a existência deste meu/nosso blog. Faz muito bem em usar as ligaduras. Elas não evitam os entorses, mas minoram o risco do seu aparecimento.

Caso queira esclarecer alguma dúvida extra, adicione o meu endereço no seu msn: jcmvale@hotmail.com

P.S. Felicidades para a sua equipa (seja ela qual for) e para a sua carreira.

O massagista, João Vale

Helder e cynthia: Eu desde que torci o tornozelo direito ha uns anos que sou capaz de reproduzir esse estalido quando rodo o pé no sentido em que o torci (anti-horário)... por isso sim, deve ser normal. Como recentemente voltei a torce-lo, 2x, gostaria de saber como posso reforçar os tendoes e os músculos nessa zona de modo a prevenir, complementando assim a meia elástica. Obrigado.

A melhor forma de reforçar, é executar exercícios que permitam a tonificação desse grupo musculo-tendinoso.

LUXAÇÃO DO OMBRO

O ombro é a articulação de todo o corpo humano que permite a maior amplitude de movimentos. Isso só é possível uma vez que a cabeça do úmero (cuja forma se assemelha a uma bola), encaixa na glenóide que tem a forma de uma concha.
Uma vez que a cabeça do úmero é maior do que a glenóide, quando é sujeita a esforços mais violentos pode esta articulação sofrer desvios e a cabeça umeral “desencaixar” da glenóide. Quando o úmero sai do seu encaixe normal, dá-se a luxação ou sub-luxação do ombro, dizendo-se na gíria que o ombro está luxado.
Exemplo disso, são as quedas em que a pessoa se apoia na mão. O contacto violento com o solo pode provocar a luxação do ombro. Outro exemplo é a queda sobre o ombro.
As luxações podem ser anteriores, posteriores ou para baixo, sendo que a luxação anterior é a que ocorre com mais frequência.
Quando a luxação é incompleta (quando apenas uma parte da articulação não está em contacto), denomina-se de subluxação.
Após uma luxação, a cápsula pode ficar frouxa e provocar outras luxações frequentes ainda que o esforço seja bem menor.
Quando ocorre a luxação, a pessoa sente uma dor intensa e incapacitante, podendo ocorrer ainda fraqueza muscular, edema e deformação da articulação.
Um terapeuta experiente, poderá recolocar a articulação de volta ao seu lugar.
Em todo o caso, a pessoa lesionada, deverá ser recorrer ao hospital para que lhe sejam efectuados exames complementares de diagnóstico (nomeadamente Rx e Ecografias) e ser observado por um ortopedista.
Após a redução (colocação do ombro no lugar) deve o paciente aplicar gelo 4 a 5 vezes por dia, durante cerca de 20 minutos. A crioterapia irá reduzir o edema e a inflamação além de diminuir a dor.
Depois do desaparecimento da dor, do edema e da inflamação, deve o paciente iniciar a fisioterapia, retornando gradualmente à actividade física, protegendo no entanto o ombro para evitar novas luxações.

Dedico este artigo à minha atleta Catarina Almeida que no dia 17/10/2010, sofreu uma luxação no seu ombro esquerdo. Que regresse depressa, todos nós sentimos a sua falta.