“Carta aberta a todos quantos contribuíram para a subida do S. C. Santar à Divisão de Honra da A. F. Viseu”
Estive presente no passado dia 27 de Abril, no meu último jogo pelo Santar. Na memória de todos ficou o jogo épico dos jogadores do Santar e uma maravilhosa moldura humana.
Foram 8 meses de muito sacrifício, de privar a família do nosso convívio e tudo se conjugou para uma alegria conjunta com a nossa subida de divisão.
Mais de um mês antes do final da época, comuniquei, primeiro ao Presidente e depois ao plantel, a minha indisponibilidade para continuar ao serviço do S. C. Santar na época 2008/09.
Aprendi, com todos aqueles com quem privei. Vi coisas que julgava não poder ver num clube de futebol. Tudo fiz para conseguir fazer o Santar campeão. Não o consegui. Fui apenas uma minúscula parte dessa grande engrenagem que é uma equipa de futebol. Pelo menos, penso que fui. Não saio magoado com o clube e muito menos com os seus dirigentes. Para o ano, não sei se estarei noutro clube ou se ficarei em casa. Não ando (como nunca andei) a bater à porta de ninguém, nem a mendigar contratos. Sou assim e quem me quiser como colaborador, terá de me aceitar como sou.
Ao longo destes 8 meses, trabalhei com o mesmo afinco, dedicação e profissionalismo com que sempre trabalhei em todos os clubes por onde passei. Tratei todos os jogadores da mesma forma, mesmo que pensem que não o fiz.
As portas de minha casa sempre estiveram abertas para os meus jogadores e continuaram as estar para todos aqueles que em mim confiarem. Não sou Santo e por isso não faço milagres. Tudo o que fiz e todas as “normas” estabelecidas, foi feito com o prévio conhecimento e aprovação da Direcção.
Foi uma época complicada em termos de lesões.
Houve 65 (sessenta e cinco!!!) “jogadores” a falharem jogos por lesão, o que dá uma média de 2,6 jogadores lesionados por jogo. Se pensarmos que o plantel do Santar foi de 21 jogadores, isto sem poder contar com as camadas jovens, dá para verificar o muito trabalho que foi efectuado pelo Departamento Médico.
Não posso deixar de salientar e enaltecer o espírito de sacrifício, querer e abnegação por parte da maioria dos jogadores, querendo ver debeladas as suas lesões.
Neste adeus, não posso deixar de os elogiar, mesmo aqueles que em mim não confiaram e aqueles que me mim não gostam. Foram vocês os maiores responsáveis pela “nossa” subida.
Não posso deixar igualmente de agradecer, o carinho e apoio dos adeptos Santarenses, muito em especial a todos aqueles que me apoiaram e incentivaram desde a primeira hora. Destes, tenho obrigatoriamente de destacar a esposa e filha do Sr. Presidente e um adepto, que não sei o nome, mas com quem tantas vezes falei, sendo a última das quais em Resende, aquando do aquecimento da nossa equipa.
Um muito bem haja a todos os directores do Santar, em especial ao Sr. Tesoureiro (também não me lembro do nome), ao Ramiro “Mirito” e aquele que talvez fosse o maior amigo do plantel: O Sr. Aires.
Ao Sr. José Luís (roupeiro), com quem tantas vezes estive em desacordo e outras tantas de acordo, que continue a ver o Santar com o bom coração que tem.
Dos jogadores:
Pio – A estampa física e a experiência, fazem dele um dos melhores guarda-redes com quem já trabalhei;
João (GR) – Tem tudo para ser dentro de um par de anos o melhor guarda-redes do distrito de Viseu;
João Lopes – Ainda hoje não consigo entender aonde aquele corpo aparentemente frágil vai buscar a força. Se se empenhar fora dos jogos da mesma forma que nestes se empenha, será mais um jogador para os campeonatos Nacionais do que para a nossa distrital;
Jorge Silva – Raça, empenho, querer, dedicação e polivalência, além de um excelente elemento para o “balneário”, fazem dele um elemento imprescindível e insubstituível para qualquer plantel;
Luís – A sua concentração e empenho nos jogos, fazem com que seja um dos mais complicados centrais a ultrapassar. No dia em que encarar os treinos da mesma forma que encara os jogos, será um jogador muito acima da média;
Marcial – Nele é de salientar não só as suas características como atleta, como as de “fazedor de balneário”;
Carlos – O professor é um jogador polivalente de enorme utilidade para qualquer treinador;
Neves – O capitão. Dedicação e empenho colocados em cada passo que dá;
Coelho – Mais um dos “azarados” do plantel e uma agradável surpresa. Faz da polivalência a sua mais forte arma;
Man – Dos melhores jogadores com quem já tive o prazer de trabalhar. Honesto como atleta e como homem. Se outra alegria não tivesse em ter trabalhado com o Santar, só o facto de ter trabalhado com o Man, faz com que me sinta orgulhoso;
Mariano – Mais um dos grandes jogadores com quem tive o prazer de trabalhar. Ele (como eu também) detesta a hipocrisia;
Tonito – Se como jogador é bom, como elemento de balneário é excelente. Auguro-lhe um excelente futuro, quer pela sua qualidade, quer pela sua honestidade;
Paulão – Um patrão e uma referência da equipa;
Tó-Jó – Quem não o conhecer e se deixar iludir pela sua fisionomia, não irá acreditar o seu empenho e abnegação dentro de campo. Autêntica “carraça” que raramente larga o adversário mesmo que raramente recorra à falta;
Marinho – Um jogador que não sabe jogar mal. O seu menos bom é muito superior a máximo de muitos jogadores. Um dos bons amigos que me ficou no plantel;
André – No dia em que se empenhar tanto fora dos jogos, como durante os mesmos, será um jogador muito acima da média;
Vítor Hugo – Um pé esquerdo com olhos;
Jorge Ribeiro – Aquele que faz da velocidade a sua forma de jogar;
Bruno – Possui um killer-instinct hoje muito raro em jogadores de futebol;
Filipe – O mais inconformado e azarado dos jogadores do plantel. Deixa a pele e os ossos em campo. Nunca o vi, cansado ou com medo. Tenho o desejo de voltar a trabalhar com um bom amigo como ele;
Luís Paulo – Após anos a um nível mais alto, mostrou toda a sua qualidade no Santar. Após o último jogo, os seus olhos espelhavam o muito coração que tem como jogador.
Mário – Atleta dedicado e empenhado, capaz de com uma pré-época ser de uma enorme utilidade para o clube onde jogar.
Por fim e porque por fim vem quem mais merece, fica o meu eterno agradecimento ao Sr. Manuel Pereira.
Foi dos melhores presidentes com quem trabalhei. Honesto, correcto e dedicadíssimo. Tivemos ao longo da época uma cumplicidade inigualável. Fui honesto, frontal e sincero com ele em todas as ocasiões. Dele sempre recebi a mesma honestidade, frontalidade e sinceridade. Comigo nunca falhou.
Muito da subida de divisão a ele se deve. Merece todos os louros que lhe forem atribuídos. Não é fácil gerir um “navio” como o S.C.Santar nos agitados mares do futebol distrital. É das poucas pessoas com quem me honraria de trabalhar em qualquer parte do mundo. A carreira do Santar nesta época é a sua imagem: Vitoriosa. A ele o meu eterno bem-haja. Caso no futuro nos voltemos a encontrar como adversários, nunca esquecerei a sua amizade. Serei apenas mais um adepto do Sporting Clube de Santar.
Obrigado.
Estive presente no passado dia 27 de Abril, no meu último jogo pelo Santar. Na memória de todos ficou o jogo épico dos jogadores do Santar e uma maravilhosa moldura humana.
Foram 8 meses de muito sacrifício, de privar a família do nosso convívio e tudo se conjugou para uma alegria conjunta com a nossa subida de divisão.
Mais de um mês antes do final da época, comuniquei, primeiro ao Presidente e depois ao plantel, a minha indisponibilidade para continuar ao serviço do S. C. Santar na época 2008/09.
Aprendi, com todos aqueles com quem privei. Vi coisas que julgava não poder ver num clube de futebol. Tudo fiz para conseguir fazer o Santar campeão. Não o consegui. Fui apenas uma minúscula parte dessa grande engrenagem que é uma equipa de futebol. Pelo menos, penso que fui. Não saio magoado com o clube e muito menos com os seus dirigentes. Para o ano, não sei se estarei noutro clube ou se ficarei em casa. Não ando (como nunca andei) a bater à porta de ninguém, nem a mendigar contratos. Sou assim e quem me quiser como colaborador, terá de me aceitar como sou.
Ao longo destes 8 meses, trabalhei com o mesmo afinco, dedicação e profissionalismo com que sempre trabalhei em todos os clubes por onde passei. Tratei todos os jogadores da mesma forma, mesmo que pensem que não o fiz.
As portas de minha casa sempre estiveram abertas para os meus jogadores e continuaram as estar para todos aqueles que em mim confiarem. Não sou Santo e por isso não faço milagres. Tudo o que fiz e todas as “normas” estabelecidas, foi feito com o prévio conhecimento e aprovação da Direcção.
Foi uma época complicada em termos de lesões.
Houve 65 (sessenta e cinco!!!) “jogadores” a falharem jogos por lesão, o que dá uma média de 2,6 jogadores lesionados por jogo. Se pensarmos que o plantel do Santar foi de 21 jogadores, isto sem poder contar com as camadas jovens, dá para verificar o muito trabalho que foi efectuado pelo Departamento Médico.
Não posso deixar de salientar e enaltecer o espírito de sacrifício, querer e abnegação por parte da maioria dos jogadores, querendo ver debeladas as suas lesões.
Neste adeus, não posso deixar de os elogiar, mesmo aqueles que em mim não confiaram e aqueles que me mim não gostam. Foram vocês os maiores responsáveis pela “nossa” subida.
Não posso deixar igualmente de agradecer, o carinho e apoio dos adeptos Santarenses, muito em especial a todos aqueles que me apoiaram e incentivaram desde a primeira hora. Destes, tenho obrigatoriamente de destacar a esposa e filha do Sr. Presidente e um adepto, que não sei o nome, mas com quem tantas vezes falei, sendo a última das quais em Resende, aquando do aquecimento da nossa equipa.
Um muito bem haja a todos os directores do Santar, em especial ao Sr. Tesoureiro (também não me lembro do nome), ao Ramiro “Mirito” e aquele que talvez fosse o maior amigo do plantel: O Sr. Aires.
Ao Sr. José Luís (roupeiro), com quem tantas vezes estive em desacordo e outras tantas de acordo, que continue a ver o Santar com o bom coração que tem.
Dos jogadores:
Pio – A estampa física e a experiência, fazem dele um dos melhores guarda-redes com quem já trabalhei;
João (GR) – Tem tudo para ser dentro de um par de anos o melhor guarda-redes do distrito de Viseu;
João Lopes – Ainda hoje não consigo entender aonde aquele corpo aparentemente frágil vai buscar a força. Se se empenhar fora dos jogos da mesma forma que nestes se empenha, será mais um jogador para os campeonatos Nacionais do que para a nossa distrital;
Jorge Silva – Raça, empenho, querer, dedicação e polivalência, além de um excelente elemento para o “balneário”, fazem dele um elemento imprescindível e insubstituível para qualquer plantel;
Luís – A sua concentração e empenho nos jogos, fazem com que seja um dos mais complicados centrais a ultrapassar. No dia em que encarar os treinos da mesma forma que encara os jogos, será um jogador muito acima da média;
Marcial – Nele é de salientar não só as suas características como atleta, como as de “fazedor de balneário”;
Carlos – O professor é um jogador polivalente de enorme utilidade para qualquer treinador;
Neves – O capitão. Dedicação e empenho colocados em cada passo que dá;
Coelho – Mais um dos “azarados” do plantel e uma agradável surpresa. Faz da polivalência a sua mais forte arma;
Man – Dos melhores jogadores com quem já tive o prazer de trabalhar. Honesto como atleta e como homem. Se outra alegria não tivesse em ter trabalhado com o Santar, só o facto de ter trabalhado com o Man, faz com que me sinta orgulhoso;
Mariano – Mais um dos grandes jogadores com quem tive o prazer de trabalhar. Ele (como eu também) detesta a hipocrisia;
Tonito – Se como jogador é bom, como elemento de balneário é excelente. Auguro-lhe um excelente futuro, quer pela sua qualidade, quer pela sua honestidade;
Paulão – Um patrão e uma referência da equipa;
Tó-Jó – Quem não o conhecer e se deixar iludir pela sua fisionomia, não irá acreditar o seu empenho e abnegação dentro de campo. Autêntica “carraça” que raramente larga o adversário mesmo que raramente recorra à falta;
Marinho – Um jogador que não sabe jogar mal. O seu menos bom é muito superior a máximo de muitos jogadores. Um dos bons amigos que me ficou no plantel;
André – No dia em que se empenhar tanto fora dos jogos, como durante os mesmos, será um jogador muito acima da média;
Vítor Hugo – Um pé esquerdo com olhos;
Jorge Ribeiro – Aquele que faz da velocidade a sua forma de jogar;
Bruno – Possui um killer-instinct hoje muito raro em jogadores de futebol;
Filipe – O mais inconformado e azarado dos jogadores do plantel. Deixa a pele e os ossos em campo. Nunca o vi, cansado ou com medo. Tenho o desejo de voltar a trabalhar com um bom amigo como ele;
Luís Paulo – Após anos a um nível mais alto, mostrou toda a sua qualidade no Santar. Após o último jogo, os seus olhos espelhavam o muito coração que tem como jogador.
Mário – Atleta dedicado e empenhado, capaz de com uma pré-época ser de uma enorme utilidade para o clube onde jogar.
Por fim e porque por fim vem quem mais merece, fica o meu eterno agradecimento ao Sr. Manuel Pereira.
Foi dos melhores presidentes com quem trabalhei. Honesto, correcto e dedicadíssimo. Tivemos ao longo da época uma cumplicidade inigualável. Fui honesto, frontal e sincero com ele em todas as ocasiões. Dele sempre recebi a mesma honestidade, frontalidade e sinceridade. Comigo nunca falhou.
Muito da subida de divisão a ele se deve. Merece todos os louros que lhe forem atribuídos. Não é fácil gerir um “navio” como o S.C.Santar nos agitados mares do futebol distrital. É das poucas pessoas com quem me honraria de trabalhar em qualquer parte do mundo. A carreira do Santar nesta época é a sua imagem: Vitoriosa. A ele o meu eterno bem-haja. Caso no futuro nos voltemos a encontrar como adversários, nunca esquecerei a sua amizade. Serei apenas mais um adepto do Sporting Clube de Santar.
Obrigado.
P.S. - Só divulgarei os comentários que fizerem a esta minha crónica que estiverem devidamente identificados. Caso queiram o anonimato, o comentário será publicado sem a identificação do autor que apenas será do meu conhecimento.
3 comments:
ta muito fixe......
Filipe (esgalha)
ja li (a sua carta de despedida)e foi com orgulho e serenidade k a escreveu ao qual eu concordo no que escreveu.posso dizer k ganhei mais um bom amigo que é voce sr.Vale e como ja é normal em tudo nem todos agradam a toda a gente e temos como exemplo Deus k era Deus não agradou a toda a gente e foi o k foi.e quem ler este comentario sabe bem ao k me refiro e o Vale para alem de estar sempre na disponibilidade de ajudar um amigo tb o estara disponivel para ajudar um inimigo para o qual eu ache que na vida de hoje em dia isso não deveria existir pq sei que o Massagens João considera todos por igual e na propria personalidade dele não tem rancor de ninguem mt menos dos quais k pensam k ele não é amigo do seu inimigo e eu sei k por ele toda a gente tem a asua amizade garantida em todasas situações passadas.Deixo aqui os meus votos de amigo do qual sei k ira ser vitalicia e k corra tudo bem consigo pois a vida é curta ao menos k seja longa na amizade e saude.#PS...desculpem os erros.quem ler este comentario ponha a consciencia a funcionar e se reflectirem bem e acharem k o sr.João Vale não é vosso amigo estão enganados...foi um prazer trabalhar consigo e sei k tenho sempre as portas abertas de sua parte para me ajudar no k for preciso e vice-versa e hoje em dia há poucas pessoas assim ou até mm essas pessoas estão em vias de extinsão.boa sorte AMIGO...
Olá srº João...
Foi pela primeira vez e por acaso mesmo :) ,que vi este seu site e o seu resumo da época e fiquei muito repcetivo ás suas palavras e achei tudo muito correcto da sua parte ,não só pela verdade das palavras, como pela sua humildade. Quero dizer-lhe que fiquei grato pelas suas palavras a meu respeito e que vindas de si me sinto muito lisonjeado. Resta-me desejar-lhe tudo de bom no seu presente e futuro e dizer-lhe que ganhei mais um amigo para além da sua função profissional. Até breve srº João...
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