Mais uma época que terminou e eu colaborei com três clubes (dois oficialmente e um de forma esporádica). Conheci novos atletas, treinadores e dirigentes. Com eles vivi os bons e os maus momentos de uma época. De seguida, falarei deles e da época de forma reduzida. A ordem em que os clubes e as pessoas aparecem é efectuada de forma completamente aleatória.
B A L S A N O V A
(Futsal – Campeonato Nacional de Futsal – 3ª Divisão)
Época muito complicada a que se viveu no Balsa Nova. Inicio tardio da pré-época (cerca de dez dias antes do primeiro jogo oficial). Incertezas quanto a atletas. Atletas com pouca e até nenhuma experiência em futsal, nomeadamente no futsal ao nível dos campeonatos nacionais. Como ridículo posso citar o 1º jogo para o campeonato que foi (des)orientado por mim. Descemos, é verdade. Mas conseguir uma vitória e um empate no campeonato foi pouco menos que um milagre. Uma vitória por 8-4, frente ao Alhadense e um empate a 5 golos frente ao Futsal Cidade de Lourosa (equipa do ex-boavisteiro Martelinho), com o golo do empate a ser consentido a 4 décimos de segundo do fim.
Dos directores.
Presidente: Sr. Carlos Cunha – O Sr. Cunha é um homem que há muito tempo conheço e que sempre pautou a sua vida pelo trabalho e pela honestidade;
Cláudio Cunha – Bom amigo de longa data, este ano por motivos alheios à sua vontade, esteve um pouco ausente;
Sr. Alberto – De todos os dirigentes é aquele que conheço há mais anos e a quem me ligam fortes laços de amizade. Grande dirigente no passado, voltou este ano às lides directivas, provando que quem sabe nunca esquece.
Lemos – Tendo-o conhecido apenas este ano, fiquei com a sensação que noutras circunstâncias e com outras condições teremos condições para fazer mais e melhor. A ele se deve muito do que se passou na época.
Dos Treinadores
Mister Emílio Silva – Que me desculpem todos os outros treinadores com quem já trabalhei e onde se inclui o actual seleccionador do Catar, mas o Emílio foi simplesmente o melhor e a uma enorme distância de todos os outros. Da minha parte lamento a escassez de recursos materiais e físicos que me impediram de lhe dar o apoio de que tantas vezes necessitou. Dificilmente voltarei a trabalhar com ele (o que lamento), mas estou certo que dentro de muito pouco tempo, o verei a orientar equipas de campeonatos superiores à 3ª divisão nacional. Muitas vezes foi o único que acreditou no valor da equipa e naquilo que ela podia fazer. Foi um autêntico D. Quixote ao lutar contra gigantes na defesa da sua Dulcinea (leia-se equipa). Sempre pronto para apoiar os seus atletas/homens nos seus momentos de dificuldade. Mais do que um treinador foi um professor e um amigo.
Mister João Ramos – Excelente treinador de guarda-redes e cúmplice do Emílio. Amigo de todos os jogadores sem excepção, inovava a cada treino que ministrava, evitando assim a monotonia e rotina nos treinos. Fiel “escudeiro” do mister Emílio, apoiando-o em todas as decisões. Se o mister Emílio foi um autêntico D. Quixote, o João Ramos foi o Sancho Pança. Atenção, isto não é nenhuma piada ao facto de ele ser (sermos) elegantemente bem nutridos.
Dos jogadores
Alex – Guarda-redes com grande capacidade para evoluir, assim queira.
Gafanha – Forte e possante, um campeão… nas minis.
António José (Hulk) – Uma força da natureza e um grande amigo. Foi talvez dos jogadores que mais vi evoluir esta época.
Bruno – O bidon militar
Pinheiro – O “velho” capitão, obteve nesta época a sua maior conquista. Foi pai. Bom jogador, grande líder e um bom amigo. Respira futsal por todos os poros. Sempre pronto para a brincadeira e para pregar partidas. Espero que continue a jogar para o bem do futsal no distrito de Viseu.
Açoreano – Irreverente e habilidoso, muitas vezes foi preciso recorrer a legendas para o entender.
Christopher – Grande guarda-redes e com uma margem de progressão enormíssima. Bom até a jogar com os pés.
Flávio – Um gigante. Após algum tempo de paragem voltou a jogar ao nível que tinha.
Hélder – A experiência ao serviço do grupo. Um jogador de peso e especialista em… azias.
João Pedro – O tripeiro. A ele o meu eterno agradecimento enquanto beirão, pelo seu empenho na defesa das cores rubro-ouro do Balsa Nova.
Pina – Pouco tempo ao serviço. Motivos de ordem pessoal afastaram-no do nosso convívio.
Marco Ferreira – O futuro engenheiro civil foi sem dúvida uma mais valia para a equipa.
Marco Silva – O nosso marroquino, mais parecia um vendedor de carpetes. Muitas vezes parecia dormir durante os treinos e os jogos. Mas que se pode esperar de alguém que estuda e trabalha e ainda se desloca a mais de 100Km para defender as nossas cores? Para ele igualmente o meu eterno agradecimento. Bem hajas, Marrocos.
Aparício – Tal como Pina, o pouco tempo em que jogou na Balsa Nova, não me permitem expressar uma opinião mais segura.
Rafael Outeiro – O nosso Rafa ou Rafinha. O “brasileiro” do plantel. O médico dentista foi muitas vezes uma dor de cabeça para os adversários.
Renato – O jovem da zona norte do distrito que aproveitou a estadia na cidade de Viriato (onde é aluno universitário) para por nós jogar
Ferreira - Um ex-árbitro e um poço de força. Nesta época além de jogador, desempenhou também as funções de “empresário”. Um autêntico “Coyote”.
Ricardo Jorge – Outro dos guardiões. A experiencia ao serviço do colectivo.
Ferreirinha – Não fossem as malditas e arreliadoras lesões que o atormentaram e que eu não tive capacidade de debelar, teria efectuado uma excelente época.
Miguel – Pouco tempo ao serviço do Balsa Nova. Esperava bem mais, fruto da época anterior.
Robson – O genuíno brasileiro. Muita experiência e muito querer. Foi traído pela “ansiedade”.
Uma palavra final aos parcos adeptos que foram na maioria dos casos as esposas e as companheiras dos atletas. A todas vós em especial o meu eterno agradecimento. Como é óbvio, não podia esquecer os funcionários do pavilhão, os senhores António e Grilo, pela sua constante boa vontade em me aturar.
1º plano (da esquerda para a direita): Ferreira, Pinheiro, Hulk, João Pedro, Flávio e Hélder.
De pé: Sr. Alberto (director), João Ramos (Treinador Adjunto), Emílio Silva (Treinador), João Carlos Vale (massagista), Ricardo Jorge, Marco Ferreira, Rafa e Lemos (Director)
1 comment:
João!!
Antes de mais obrigado pela análise à época de uma forma tão... descontraída. Depois, também, pelas palavras que me dedicou e que acredito que sejam sentidas mas, como sempre, exageradas.
Aproveito para aqui expressar a minha gratidão pela parceria que fizemos nesta época e desejar, sinceramente, que mantenha muito vivo esse seu espírito altruísta que encontra no desporto um lugar muito sentido. Espero que Viseu um dia reconheça o que tem feito pelo desporto e pela terra.
Meu amigo, vá fazendo umas visitas ao meu blog [espasmos-de-escrita] mas mais do que isso, vamos mantendo contacto!
Um abraço e um novo obrigado por tudo!
Emílio
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