Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.
Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
Artigo 2.º da Carta dos Direitos do Homem
Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
Artigo 2.º da Carta dos Direitos do Homem
Uma das mais vergonhosas atitudes que podemos ver no desporto, são as atitudes discriminatórias visando as diferenças éticas, raciais, culturais, religiosas e de naturalidade do indivíduo.
Ao longo da minha carreira como massagista, trabalhei com atletas de várias raças (embora deteste este termo), de várias nacionalidades e adeptos de várias cores clubisticas. Nunca discriminei ninguém e nunca permiti descriminações nos grupos de trabalho onde colaborei.
Existem vários tipos de descriminação: Nenhuma é mais vergonhosa do que outra. As discriminações racistas que grassam pelos nossos campos, com insultos à cor da pele, quantas vezes imitando macacos. Esses energúmenos, que deveriam ser banidos do espectáculo desportivo, esquecem-se que nos seus clubes, são muitas vezes os atletas de cor que fazem a diferença. Ao nível do futebol, Portugal, embora seja um país de brandos costumes, também tem dado maus exemplos nesta área. Esquecem-se por exemplo que foram atletas de cor dos que mais contribuíram para a imagem do futebol português além fronteiras. A história faz com que não nos esquecemos de nomes como Coluna, Matateu, Vicente, Jordão, Shéu e mais recentemente Manuel Fernandes, Miguel, Neno entre tantos outros com Eusébio “A Pantera Negra” no topo. Eusébio é dos poucos portugueses vivos que dão nome a ruas e têm uma estátua. Eu pessoalmente só tenho de agradecer o que ele fez pelo futebol nacional.
Outra das discriminações é a que têm haver com a nacionalidade dos atletas. Já trabalhei com atletas oriundos dos PALOP’s, do Brasil, de alguns dos antigos países do bloco de leste e ainda entre tantos outros com atletas espanhóis e neo-zelandezes. Com todos mantive (mantivemos) uma cordial e “profissional” relação. Na defesa das cores que defendíamos fomos guerreiros unidos à volta dos ideais da colectividade que à data representávamos. Recordo que quando estive no Rugby Clube de Tondela, fomos disputar um jogo amigável a Espanha, com a equipa sevilhana do Club Amigos del Rugby. No plantel da equipa tondelense havia um jogador espanhol de nome Marco Marquez (antigo internacional espanhol) que foi dos mais empenhados a defender as nossas cores contra os seus compatriotas.
As discriminações sexistas são igualmente vergonhosas. Custa-me e envergonha-me enquanto amante do desporto na sua verdadeira essência ouvir comentários ofensivos às mulheres desportistas e a mulheres árbitras que apitam jogos masculinos. A elas só posso dar o meu incondicional apoio esperando que não desistam e dar-lhes os parabéns pela sua coragem e classe.
As discriminações clubisticas são das mais ridículas que podem existir. Dou como exemplo o meu próprio caso: Sou benfiquista assumido. Não sou fanático, nem faccioso. Sou benfiquista e ponto final. Porém sou filho de um sportinguista incondicional que sempre me educou (e educa) no mais profundo respeito pelas diferenças entre os seres humanos. Aqui também lhe presto a minha homenagem. Nos clubes lidei com atletas adeptos do Benfica, do Porto, do Sporting, do Belenenses, etc. Brincávamos com os resultados, mas a nossa primeira equipa era aquela cujo emblema ostentávamos junto ao coração. Outro exemplo que posso dar, é o da minha passagem pelas selecções distritais da Associação de Futebol de Viseu. Embora na época colaborasse simultaneamente com o Clube de Futebol “Os Repesenses”, dei a mesma atenção aos atletas seleccionados fossem eles de que clube fossem. A maior prova disso foi a recuperação que fiz a um jogador de uma equipa adversária que no fim-de-semana seguinte ia jogar com a equipa de infantis do C.F. “Os Repesenses”. Felizmente recuperei o atleta em tempo útil para que ele jogasse. Foi o melhor jogador da sua equipa e autor de um golo que impediu o C.F. “Os Repesenses” de ser campeão nesse ano. Fiquei triste pelos atletas do C.F. “Os Repesenses” e por mim mesmo por não ter sido campeão distrital mas, fiquei de consciência tranquila por ter ajudado um atleta. Anos depois, a nossa amizade continua. Continuo a admirá-lo como atleta e a disfrutar da sua amizade.
Numa última palavra: Chega de descriminação nos espectáculos desportivos.
Ao longo da minha carreira como massagista, trabalhei com atletas de várias raças (embora deteste este termo), de várias nacionalidades e adeptos de várias cores clubisticas. Nunca discriminei ninguém e nunca permiti descriminações nos grupos de trabalho onde colaborei.
Existem vários tipos de descriminação: Nenhuma é mais vergonhosa do que outra. As discriminações racistas que grassam pelos nossos campos, com insultos à cor da pele, quantas vezes imitando macacos. Esses energúmenos, que deveriam ser banidos do espectáculo desportivo, esquecem-se que nos seus clubes, são muitas vezes os atletas de cor que fazem a diferença. Ao nível do futebol, Portugal, embora seja um país de brandos costumes, também tem dado maus exemplos nesta área. Esquecem-se por exemplo que foram atletas de cor dos que mais contribuíram para a imagem do futebol português além fronteiras. A história faz com que não nos esquecemos de nomes como Coluna, Matateu, Vicente, Jordão, Shéu e mais recentemente Manuel Fernandes, Miguel, Neno entre tantos outros com Eusébio “A Pantera Negra” no topo. Eusébio é dos poucos portugueses vivos que dão nome a ruas e têm uma estátua. Eu pessoalmente só tenho de agradecer o que ele fez pelo futebol nacional.
Outra das discriminações é a que têm haver com a nacionalidade dos atletas. Já trabalhei com atletas oriundos dos PALOP’s, do Brasil, de alguns dos antigos países do bloco de leste e ainda entre tantos outros com atletas espanhóis e neo-zelandezes. Com todos mantive (mantivemos) uma cordial e “profissional” relação. Na defesa das cores que defendíamos fomos guerreiros unidos à volta dos ideais da colectividade que à data representávamos. Recordo que quando estive no Rugby Clube de Tondela, fomos disputar um jogo amigável a Espanha, com a equipa sevilhana do Club Amigos del Rugby. No plantel da equipa tondelense havia um jogador espanhol de nome Marco Marquez (antigo internacional espanhol) que foi dos mais empenhados a defender as nossas cores contra os seus compatriotas.
As discriminações sexistas são igualmente vergonhosas. Custa-me e envergonha-me enquanto amante do desporto na sua verdadeira essência ouvir comentários ofensivos às mulheres desportistas e a mulheres árbitras que apitam jogos masculinos. A elas só posso dar o meu incondicional apoio esperando que não desistam e dar-lhes os parabéns pela sua coragem e classe.
As discriminações clubisticas são das mais ridículas que podem existir. Dou como exemplo o meu próprio caso: Sou benfiquista assumido. Não sou fanático, nem faccioso. Sou benfiquista e ponto final. Porém sou filho de um sportinguista incondicional que sempre me educou (e educa) no mais profundo respeito pelas diferenças entre os seres humanos. Aqui também lhe presto a minha homenagem. Nos clubes lidei com atletas adeptos do Benfica, do Porto, do Sporting, do Belenenses, etc. Brincávamos com os resultados, mas a nossa primeira equipa era aquela cujo emblema ostentávamos junto ao coração. Outro exemplo que posso dar, é o da minha passagem pelas selecções distritais da Associação de Futebol de Viseu. Embora na época colaborasse simultaneamente com o Clube de Futebol “Os Repesenses”, dei a mesma atenção aos atletas seleccionados fossem eles de que clube fossem. A maior prova disso foi a recuperação que fiz a um jogador de uma equipa adversária que no fim-de-semana seguinte ia jogar com a equipa de infantis do C.F. “Os Repesenses”. Felizmente recuperei o atleta em tempo útil para que ele jogasse. Foi o melhor jogador da sua equipa e autor de um golo que impediu o C.F. “Os Repesenses” de ser campeão nesse ano. Fiquei triste pelos atletas do C.F. “Os Repesenses” e por mim mesmo por não ter sido campeão distrital mas, fiquei de consciência tranquila por ter ajudado um atleta. Anos depois, a nossa amizade continua. Continuo a admirá-lo como atleta e a disfrutar da sua amizade.
Numa última palavra: Chega de descriminação nos espectáculos desportivos.
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