Muito se tem falado e especulado sobre a forma de actuar das equipas de arbitragem em jogos das camadas jovens.
Ao pensar e opinar sobre o assunto devo frisar que divido as camadas jovens em dois grandes grupos: Os mais jovens (Escolas e Infantis) e os restantes (Iniciados, Juvenis e Juniores). Que me perdoem os letrados dirigentes do nosso desporto mas, ainda não me adaptei às novas denominações: Juniores A, B, C, D e E. No caso especifico dos Iniciados (Juniores C), podem ser considerados mesmo como um escalão de transição.
No caso específico do futebol, as regras/leis para os mais jovens (escolas e infantis), diferem dos seniores em apenas 6 (seis) situações
1. O tempo de jogo;
2. As dimensões e peso da bola de jogo;
3. O número de jogadores (7 nos escolas e infantis e 11 nos outros escalões;
4. Dimensões do terreno de jogo, inerente ao nº de jogadores;
5. Número de substituições ilimitado (Escolas e Infantis) e,
6. Regra do fora de jogo (inexistente nos Escolas, a partir da linha de grande área nos infantis, e a partir do meio campo para todos os outros escalões).
Em todo o resto as leis e as regras são as mesmas. Por isso a mesma falta deve ser punida tecnicamente da mesma forma em ambos os escalões. No que concerne aspecto disciplinar, deve o árbitro optar por uma medida pedagógica em detrimento da acção disciplinar? Na minha opinião, é claro que sim. Porém ao fazê-lo não estará o árbitro a deturpar as leis, regras e diferentes instruções a que é obrigado a seguir? E se o jogo estiver a ser observado por um observador técnico, não poderá ser a nota final prejudicada por esta atitude? Também isto é verdade. Na minha opinião deveriam os doutos responsáveis pela arbitragem adequarem as regras às circunstâncias.
Acho, no entanto caricato, adultos que acompanham as camadas jovens a darem péssimos exemplos no campo comportamental e disciplinar, exigirem dos árbitros que dêem o exemplo que eles próprios não sabem dar.
Por vezes os jovens ao ouvirem os adeptos, treinadores e até os seus progenitores a contestarem as decisões da arbitragem, ficam convencidos que estes sabem mais sobre as leis do jogo do que os árbitros.
Recordo há uns anos, quando colaborei com o Clube de Futebol “Os Repesenses”, trabalhei com um dos treinador que muito me marcou: Rogério Rebelo. Após um passado brilhante como jogador que apenas as lesões o impediram de atingir um nível ainda mais alto, voltou ao clube que o viu nascer para, como treinador pagar/agradecer tudo quanto o clube havia feito por si. Que diferença em relação ao outros… Num dos primeiros treinos, reuniu o plantel dos juvenis e perguntou se todos sabiam as leis do futebol. De seguida perguntou quantas eram as regras. Aí, os jogadores foram dando as suas opiniões: Muitas, bastantes, imensas, etc. “Sim, mas digam-me um número certo” – insistiu o mister Rebelo. E novamente os jogadores tentaram “adivinhar”: 50, 100, 500…Ao ouvirem que eram apenas 17 (dezassete) as regras ficaram estupefactos e convencidos do muito que ainda tinham para aprender. Rogério Rebelo provou que para ser bom jogador não chega saber jogar à bola. É necessário respeitar os árbitros que sabem mais das regras do que os melhores jogadores.
Finalmente, e para quem ainda desconheça quais são as dezassete leis do jogo, elas aqui ficam:
1. O terreno de jogo;
2. A bola;
3. Número de jogadores;
4. Equipamento dos jogadores;
5. O árbitro;
6. Árbitros assistentes;
7. Duração do jogo;
8. Pontapé de saída e recomeço do jogo;
9. Bola em jogo e bola fora;
10. Marcação de golos;
11. Fora de jogo
12. Faltas e incorrecções;
13. Pontapés livres;
14. Pontapé de grande penalidade;
15. Lançamento lateral
16. Pontapé de baliza
17. Pontapé de canto.
Ao pensar e opinar sobre o assunto devo frisar que divido as camadas jovens em dois grandes grupos: Os mais jovens (Escolas e Infantis) e os restantes (Iniciados, Juvenis e Juniores). Que me perdoem os letrados dirigentes do nosso desporto mas, ainda não me adaptei às novas denominações: Juniores A, B, C, D e E. No caso especifico dos Iniciados (Juniores C), podem ser considerados mesmo como um escalão de transição.
No caso específico do futebol, as regras/leis para os mais jovens (escolas e infantis), diferem dos seniores em apenas 6 (seis) situações
1. O tempo de jogo;
2. As dimensões e peso da bola de jogo;
3. O número de jogadores (7 nos escolas e infantis e 11 nos outros escalões;
4. Dimensões do terreno de jogo, inerente ao nº de jogadores;
5. Número de substituições ilimitado (Escolas e Infantis) e,
6. Regra do fora de jogo (inexistente nos Escolas, a partir da linha de grande área nos infantis, e a partir do meio campo para todos os outros escalões).
Em todo o resto as leis e as regras são as mesmas. Por isso a mesma falta deve ser punida tecnicamente da mesma forma em ambos os escalões. No que concerne aspecto disciplinar, deve o árbitro optar por uma medida pedagógica em detrimento da acção disciplinar? Na minha opinião, é claro que sim. Porém ao fazê-lo não estará o árbitro a deturpar as leis, regras e diferentes instruções a que é obrigado a seguir? E se o jogo estiver a ser observado por um observador técnico, não poderá ser a nota final prejudicada por esta atitude? Também isto é verdade. Na minha opinião deveriam os doutos responsáveis pela arbitragem adequarem as regras às circunstâncias.
Acho, no entanto caricato, adultos que acompanham as camadas jovens a darem péssimos exemplos no campo comportamental e disciplinar, exigirem dos árbitros que dêem o exemplo que eles próprios não sabem dar.
Por vezes os jovens ao ouvirem os adeptos, treinadores e até os seus progenitores a contestarem as decisões da arbitragem, ficam convencidos que estes sabem mais sobre as leis do jogo do que os árbitros.
Recordo há uns anos, quando colaborei com o Clube de Futebol “Os Repesenses”, trabalhei com um dos treinador que muito me marcou: Rogério Rebelo. Após um passado brilhante como jogador que apenas as lesões o impediram de atingir um nível ainda mais alto, voltou ao clube que o viu nascer para, como treinador pagar/agradecer tudo quanto o clube havia feito por si. Que diferença em relação ao outros… Num dos primeiros treinos, reuniu o plantel dos juvenis e perguntou se todos sabiam as leis do futebol. De seguida perguntou quantas eram as regras. Aí, os jogadores foram dando as suas opiniões: Muitas, bastantes, imensas, etc. “Sim, mas digam-me um número certo” – insistiu o mister Rebelo. E novamente os jogadores tentaram “adivinhar”: 50, 100, 500…Ao ouvirem que eram apenas 17 (dezassete) as regras ficaram estupefactos e convencidos do muito que ainda tinham para aprender. Rogério Rebelo provou que para ser bom jogador não chega saber jogar à bola. É necessário respeitar os árbitros que sabem mais das regras do que os melhores jogadores.
Finalmente, e para quem ainda desconheça quais são as dezassete leis do jogo, elas aqui ficam:
1. O terreno de jogo;
2. A bola;
3. Número de jogadores;
4. Equipamento dos jogadores;
5. O árbitro;
6. Árbitros assistentes;
7. Duração do jogo;
8. Pontapé de saída e recomeço do jogo;
9. Bola em jogo e bola fora;
10. Marcação de golos;
11. Fora de jogo
12. Faltas e incorrecções;
13. Pontapés livres;
14. Pontapé de grande penalidade;
15. Lançamento lateral
16. Pontapé de baliza
17. Pontapé de canto.
1 comment:
A evolução dos tempos, da sociedade e as recentes transformações nos habitos dos cidadãos fez com que se iniciasse a prática desportiva em crianças e jovens...O facto de estarmos habituados a observar jogos de seniores e, posteriormente, sermos confrontados com jogos de outros escalões etários, obrigou-nos (nós treinadores, árbitros, professores, etc) a reformular os nossos conceitos didactico-pedagógicos, no sentido de compreendermos melhor e de termos uma intervenção mais completa junto dos jovens futebolistas. Por um lado vemos uns a trabalhar bem e de maneira correcta e outros a nem se importarem com isso....
em relação ao artigo em questão, propriamente dito,ha uma serie de factores que permite a um jogador evoluir mais rapido e de maneira correcta... e parte desses factores foram ditos neste excelente artigo comentado pelo Sr João. Não basta ser um bom jogador! É importante que ele saiba as regras, é importante que saiba distinguir o que é certo e errado, é importante que tenha o espirito competitivo saudavel para que possa aplicar tudo o que sabe de forma natural.Entre outros aspectos.... Apesar de fazer bem ou mal durante o jogo,cabe à equipa de arbitragem actuar pedagogicamente junto do satletas (nos escalões de formação).
No artigo, fala-se das leis que diferem do futebol senior que a meu ver tem a sua logica pois, o atleta tem de evoluir correctamente.É, no fundo uma adaptação ao futebol senior de acordo com as suas capacidades.
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