Sunday, April 29, 2007

A MINHA HOMENAGEM - 8



Nome completo: Sueli Marlene Santos Sousa Giestas
Data de nascimento: 20-02-1981
Nacionalidade: Portuguesa
Clube Actual: Escola Futebol Clube
Colectividade onde colaboramos: Escola Futebol Clube





S U E L I

G I E S T A S



Condecoro o presidente
e sabem por que razão?
Por ter dado a tanta gente
tanta condecoração!
António Aleixo


A quadra que hoje inicia esta homenagem aplica-se na perfeição à minha homenageada.
A Sueli é uma força da natureza e uma acérrima defensora de tudo o que ama. Creio não cometer nenhuma atrocidade se disser que em primeiro lugar no seu coração está o futebol, a sua equipa (Escola Futebol Clube) e as suas companheiras.
Ao longo destes anos, tem-se desmultiplicado em funções em prol do seu clube. Ajuda na preparação física, angaria fundos (tudo isto à semelhança das restantes jogadores) e até criou um blog para melhor divulgar o seu grande amor: O Futebol: Que me perdoe o seu namorado (meu amigo pessoal e homem cheio de sorte) mas está em segundo lugar na lista de preferências da Sueli.
Durante anos, criou-se um estereotipo de jogadoras de futebol, como sendo muito musculadas, masculinizadas e nada bonitas. Se isso é verdade para um pequeno número de jogadoras (e no Escola não há nenhuma), no caso da Sueli (e não só) a imagem é diametralmente oposta. Já o disse publicamente que se uma revista de modas, investisse nestas mulheres certamente conseguiriam aliar o desporto, a inteligência e uma estonteante beleza. Nesta área a Sueli, seria uma das mais bela representantes. Sei pelo muito que passou no seio da equipa, num passado ainda recente, fruto da inveja e da prepotência de alguém que não foi capaz de atingir o seu patamar.
Finalmente, quero deixar aqui, o meu testemunho do seu querer e vontade de jogar e vencer.
No ano em que colaborei com o Escola Futebol Clube, verificaram-se algumas mudanças de vulto. Saída de jogadoras de referência (Ana Santos e Fani) e entrada de jogadoras novas como a Noémia e a Joana Silva. Nesse ano a Sueli foi uma das “clientes” do improvisado Posto de Primeiros Socorros. Após um jogo onde tem uma queda aparatosa que obriga à sua substituição, a Sueli dá entrada na 2ª feira no Hospital S. Teotónio em Viseu, onde (desconheço o que lhe foi diagnosticado) lhe prescrevem 6 injecções de Profenid (analgésico) e 6 de Relmus (relaxante muscular) tendo-lhe sido dito que iria estar parada no mínimo de 3 semanas.
Quando na 3ª apareceu em minha casa, apoiada pelo sempre presente Nuno, também eu acreditei e repeti a previsão médica.
Ambos nos enganamos. As sua melhorias eram visíveis a cada dia que passava ao ponto de no domingo, se ter equipado (após a última das injecções) e ainda ter dado o contributo à sua equipa assim que foi chamada a fazê-lo, durante toda a 2ª parte do jogo.

Friday, April 27, 2007

AMADORISMO vs SUBSÍDIOS




Os problemas que mais afectam o desporto amador são basicamente dois: A falta de apoio quer por parte dos “carolas” (autêntica espécie em vias de extinção) e obviamente no plano financeiro. O outro problema, por muito absurdo que possa parecer tem haver com os próprios subsídios.
As colectividades, substituem-se ao Estado, no fornecimento de bens e serviços para proporcionar aos nossos jovens a prática desportiva. Porém, como é sabido, essas mesmas colectividades lutam desesperadamente com a falta de verbas para fazer face às despesas inerentes ao fornecimento destes serviços. Aqui, entram o poder local representado nas autarquias (Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias) e os mecenas patrocinadores (outra espécie em vias de extinção no desporto amador).
As verbas disponibilizadas pelos municípios para apoio às colectividades que promovem o desporto, faz lembrar aquela história da garrafa meia de água: Para uns, está meia cheia, para outros, meia vazia.
É sabido que quando uma autarquia atribui um subsídio de x euros para a colectividade y, logo uma parte da população diz que esse dinheiro deveria ser empregue no saneamento, no meio ambiente, num parque infantil, etc. Para a colectividade, esse subsídio mal dá muitas vezes para pagar as contas da água e da luz.
Fruto de um verdadeiro amadorismo e de um amor à camisola sem precedentes, os verdadeiros carolas, lá estão dia após dia a trabalhar em prol da sua colectividade, privando-se de uma ida ao cinema, ao teatro, da companhia da família, etc. E, o que dizem os “velhos do Restelo”, alguns até associados dessa mesma colectividade: “Só lá está, porque está a meter dinheiro ao bolso”. Quantas e quantas vezes é precisamente o inverso.
Há, infelizmente no entanto, o reverso da medalha. Dirigentes que assumem cargos apenas para se auto promover: Primeiro o clube local, depois a Junta de Freguesia (onde vai ter outra influência) e depois quem sabe um outro cargo político. Quando atinge os seus objectivos, e quando lhe lembram o seu passado de dirigente desportivo, afirma que apenas o fez em missão de sacrifício. Quantas vezes a sua passagem por estas colectividades, foi feita com uma gestão ruinosa, endividando o clube para o futuro, mas enquanto no seu reinado, tudo era festa e romaria, num autêntico show, digno dos maiores artistas da nossa praça.
Dizia-me há dias um bom amigo (Mister Fernando Lage) que, não compreende como é possível haver tão pouco apoio para as camadas jovens e para o futebol feminino.
Aqui temos de “separar as águas”. A maioria das Câmaras (para não dizer todas) apoiam financeira e materialmente as camadas jovens, porém muitas colectividades fazem canalizar esses subsídios para as camadas seniores pseudo-amadoras. Felizmente há excepções como é o caso do Clube de Futebol “Os Repesenses” (que só tem camadas jovens) e outros clubes onde há autonomia das camadas jovens em relação aos seniores.
Conheço casos em que os jovens ao invés dos seniores, não têm direito a transporte, não têm direito a equipamento para os treinos, não têm equipamento de passeio (leia-se fato de treino e anorak da colectividade), não têm direito à presença do massagista nos seus treinos e jogos, pagam para jogar, não têm direito ao almoço mas, têm direito a uma sandes e um sumo no final dos jogos porque um benemérito pai as oferece. O subsídio da autarquia vai inteiramente para os ordenados dos seniores pseudo-amadores e ainda aquele que provém das quotizações dos jovens.
Um bom exemplo de amadorismo e amor à camisola com resultados visíveis é o futebol feminino, altamente dignificado nas camisolas ouro-celeste do Escola Futebol Clube de Molelinhos. Todo o staff técnico é amador na verdadeira ascensão da palavra. De modo igual o são as jogadoras. Em mais de duas dezenas de jogos efectuados esta época, foram presenteadas com meia dúzia de almoços pagos pelos depauperados cofres da direcção. No passado houve casos de atletas de Castro Daire, sabendo que a hora marcada para a saída era às 11h00m (para um jogo às 15h00m) tiveram de “almoçar” às 09h00m. Já esta época, no seu último jogo em casa contra o Várzeas (brilhantemente vencido por 4-1), as atletas decidiram almoçar em conjunto. Para o efeito, chegaram mais cedo e elas próprias providenciaram o repasto. Pergunto se para o ano não haverá pelo menos quem patrocine uma refeição digna às atletas? Ou serão 100,00€ (20 refeições a cinco euros cada) um avultado investimento na equipa que mais alto e longe leva o nome de Molelinhos, Tondela e Viseu. Recordo que o Escola Futebol Clube, disputa e disputará (uma vez que já conseguiu a manutenção) o campeonato nacional da 1ª divisão e que têm nos seus quadros um vasto naipe de atletas já por várias vezes chamadas aos trabalhos das Selecções Nacionais, e a quem presto a minha vénia de homenagem e respeito: Neide, Chica, Barbara, Catarina Almeida, Catarina Bernardes, Tânia Almeida, Noémia e Ucha, já para não falar daquelas que estão momentaneamente afastadas como são os casos de Cristiana, Joana Pinto, Susana Marques e Ângela. Elas honram e divulgam a nossa querida Beira Alta. A nós, cabe-nos contribuir com o melhor de nós para as apoiar. Pelo menos nestas atletas podemos ver o verdadeiro “amor à camisola”. Por mim tento fazer a minha parte e, se mais não faço…

Wednesday, April 25, 2007

FRACTURAS (1ª parte)






Uma das lesões mais traumáticas que podem acontecer aos atletas são as fracturas.
Estas podem ocorrer em todo o tipo de desportos onde exista uma actividade física mais ou menos intensa. Ocorre igualmente em desportos individuais, como nos colectivos, bem assim como em desportos onde haja ou não contacto entre os oponentes.

Funções dos ossos.

Os ossos desempenham fundamentalmente três funções básicas:
1 – Estrutural: Os ossos sendo uma estrutura rígida, fornecem a sustentação do peso dos tecidos que compõe o corpo humano, permitindo que este adquira a posição erecta;
2 – Ancoragem: Tal como as estacas de madeira colocadas nos campos agrícolas que permitem que os feijoeiros cresçam e subam em direcção à luz solar, os ossos fornecem um local rígido para que nele se fixe todo o conjunto de músculos, tendões e ligamentos;
3 – Protecção: São os ossos que protegem as partes moles mais vulneráveis. Veja-se os exemplos do craneo (protector do cérebro) e da grelha costal (protector dos pulmões e coração.

Embora sejam estruturas rígidas, não deixam de ser estruturas vivas, que vão crescendo durante algum tempo e têm a capacidade de se auto-regenerarem, aquando da recuperação de uma fractura, substituindo a parte morta do osso por uma parte viva.
Sabe-se que os ossos resistem melhor à compressão do que à distenção e/ou torção.

Tipos de ossos

Existem três tipos de ossos:
a) Longos: ex. Fémur, tíbia, perónio, etc…
b) Curtos: Martelo, bigorna, metatarsos, etc…
c) Chatos: Omoplata, bacia, etc…

Origem das fracturas

As fracturas podem ser originadas por diversas formas:
1 – Traumatismo directo: Por exemplo uma pancada forte na perna, ou bater com o peito contra o volante do carro;
2 – Traumatismo indirecto: Pé preso, caindo o corpo e provocando uma fractura;
3 – Fractura de stress – Quando o osso se encontra debilitado devido a por exemplo a descalcificação óssea.

Desengane-se quem pensar que numa fractura óssea a única lesão que acontece é “apenas” essa. Quando ocorre uma fractura são afectadas todas as partes moles que circundam a área, nomeadamente, músculos, tendões, ligamentos, nervos, sistema nervoso e pele. Existe sempre uma hemorragia interna (visível ou não) associada a uma fractura.

Tipos de fractura

Podemos classificar as fracturas quanto à sua visibilidade e quanto à sua aparência.
Quanto à sua visibilidade podem ser expostas (sempre que o osso é visível no exterior) ou não expostas.
Nas fracturas expostas há obviamente a rotura da pele sendo que é enorme o risco de infecção.
Embora o tratamento (primeiro socorro) das fracturas seja tema de um próximo artigo, devo alertar que NUNCA se deve tentar reposicionar o osso para o interior do corpo.

Quanto à sua “aparência” (esta muitas vezes, senão todas, motivadas pela origem da fractura), podemos classificá-la em: Transversa, Oblíqua, Espiral e Cominutiva (ver figura)

Nota: Em caso de suspeita de fractura devemos agir sempre como se de uma fractura se tratasse. É preferível ser acusado de excesso de zelo do que ser negligente.

(Continua dia 02/05/2007)

Sunday, April 22, 2007

A MINHA HOMENAGEM – 7


Forças de segurança

Presto aqui, uma humilde homenagem às forças de segurança que garantem o bem estar físico de atletas, treinadores, dirigentes e árbitros, evitando assim desagradáveis confrontações destes com os heróis que grassam nos estádios portugueses. Fossem os adeptos educados e civilizados, as forças policiais presentes nos recintos desportivos, bem poderiam ser disponibilizadas para outras actividades bem mais importantes. Como a maioria dos meus leitores sabem, fui jogador de rugby durante quase uma década e meia, sendo depois massagista durante um par de anos. Sei que o número de adeptos no rugby é bem mais escasso do que no futebol, mas não há necessidade de policiamento. Vejo com tristeza e preocupação, jogos das camadas mais jovens do futebol a presença de forças policiais, muitas vezes com necessidade de solicitar reforços, por causa de um pequeno grupo de energúmenos que em nada dignificam quer a modalidade, quer o clube de que são adeptos. Tal como as equipas de arbitragem, as forças policiais também não têm adeptos e vêm-se muitas vezes confrontadas com problemas que não desejam mas, que tem que por cobro. Recordo as fortes críticas de que foi alvo um agente da PSP, quando há uns anos em Coimbra durante a finalíssima da supertaça foi alvo das ameaças de um bando de vândalos, sacou a arma e com ela em riste os ameaçou. Na altura, os puritanos e teóricos da nossa sociedade “crucificaram” o referido agente. Mas eu deixo a questão no ar: Quem entre nós, vendo-se ameaçado por dezenas de adeptos em fúria, tendo uma arma à cintura não faria uso dela? Ou será que na mesma situação daquele agente, enfrentaríamos esse bando de selvagens apenas com palavras ou fugiríamos?
É muito fácil falar, quando estamos de fora.

Friday, April 20, 2007

Postos médicos/postos de socorros em recintos desportivos

Qual a realidade no nosso distrito, no que concerne à existência de estruturas de socorro, nos locais onde se praticam modalidades desportivas?
Haverá pessoas, com formação na área de socorrismo nas escolas primárias e secundárias? E nos estabelecimentos de ensino pré-escolar? Estarão os pavilhões desportivos dotados de um Posto Médico ou de um Posto de Socorros?
Nas últimas décadas, após o 25 de Abril, o País viu surgir dezenas de pavilhões desportivos. Alguns deles agregados a estabelecimentos de ensino. Segundo ouço frequentemente as entidades na área do desporto, ainda existe uma lacuna no número destes pavilhões e de outras infraestruturas desportivas.
Equipar um posto de socorros, não fica assim tão caro. Como menos de dois mil euros é possível equipar um posto médico com o mínimo essencial. A manutenção deste espaço não ultrapassa certamente os trezentos euros anuais, em circunstâncias normais.
Mas dotar estes espaços de equipamento de socorro e não dar a formação ao pessoal para trabalhar, é como darem um avião a quem não possua o brevet de pilotagem.
Nos verões, por estas terras de Viriato, vemos em actividade frenética centenas, milhares de jovens em Jogos Desportivos, organizados pelas Autarquias em estreita colaboração com as associações das modalidades. Algumas colectividades, na ânsia desenfreada de ganhar mais uns cêntimos dos subsídios camarários, colocam jovens e mais jovens a praticar, modalidades e mais modalidades. Nestes casos, quantos são as colectividades que tenham uma simples mala de primeiros socorros? E quantas têm pelo menos um elemento, com formação ou mesmo sensibilizado para a prática dos primeiros socorros? Serão certamente, raras e felizes as excepções. Não existe como já frisei, uma verdadeira cultura de segurança.
A maioria de nós, pensa que os acidentes só acontecem aos outros e que não podemos pensar no pior.
Nada de mais errado. Devemos estar sempre preparados para o pior e catastrófico dos cenários. Se o acidente acontecer, e for naturalmente de menor gravidade do que aquele que prevíamos ou temíamos, estaremos melhor preparados do que se acontecesse o inverso.
Recordo com frequência uma “lei” de que faço sistematicamente regra: A Lei de Murphy que diz: “Se alguma coisa puder correr mal... vai correr mal de certeza”. Lembro ainda, que tal como eu O’Tolle, considerava Murphy, um optimista.

Que formação?

Sou de opinião de que todos aqueles que lidam com actividades desportivas nomeadamente praticantes, professores, treinadores, auxiliares de acção educativa (funcionários dos pavilhões desportivos) e os agentes de segurança, deveriam possuir uma formação básica de primeiros socorros.
Em países da Comunidade Europeia é obrigatória a frequência com aproveitamento, de um curso básico de primeiros socorros, para conseguir obter a carta de condução.
Um curso básico de primeiros socorros, poderá ser ministrado com uma carga horária de doze a quinze horas, versando temas como a prevenção, o socorro, levantamento e transporte de vítimas.
Na área da prevenção, minorando ou anulando zonas de risco e educando os praticantes a adoptarem as mesmas medidas de prevenção.
A formação versaria áreas como o primeiro socorro prioritário (asfixia, choque, hemorragias, envenenamentos, traumatismo e a reanimação cárdio-pulmunar). Falar-se-ia igualmente como limpar, desinfectar e cobrir uma ferida, de como imobilizar fracturas e ainda das técnicas de levantamento e transporte de sinistrados.
Não é difícil, é possível e os custos serão certamente inferiores ao do investimento feito em áreas certamente menos úteis, mas quiçá com maior divulgação pelos media.
A realidade é que a maioria dos recintos desportivos, não se encontra dotada destes meios e não se vislumbra sequer o interesse de quem de direito, em dar novo rumo à situação.
Em alguns pavilhões, não há uma simples mala de primeiros socorros, nem sequer um simples penso rápido.
Felizmente existem excepções à regra. Estive em Janeiro passado, no Pavilhão Desportivo de S. Pedro do Sul, onde constatei a existência de um posto médico devidamente equipado e preparado para a prestação dos primeiros socorros. Que diferença, em relação a outros em que o posto médico serve para arrecadação de material(???). Os meus parabéns, ao Município de S. Pedro do Sul e aos seus autarcas (que não tenho o prazer de conhecer).
No que concerne à formação, também existem excepções. Há dias fui convidado, a colaborar na elaboração de uma proposta visando a sensibilização, na área dos primeiros socorros, de elementos que vão participar nos próximos Jogos Desportivos. Ao senhor presidente do Clube Cruz Maltina Lobanense, mentor da ideia, mesmo desconhecendo se a proposta terá futuro, igualmente as minhas felicitações e que o seu exemplo crie raízes e seguidores.

Wednesday, April 18, 2007

MASSAGENS

Perde-se no tempo a origem da massagem. Acreditamos que desde sempre, existiu quem massaja-se e quem fosse massajado.
É algo que está presente nas nossas vidas, no nosso dia a dia e que de uma forma geral, todos nós apreciamos.
Sejam desportistas ou casais de namorados, sejam velhos, novos ou mesmo bebés, todos apreciam uma boa massagem.
A massagem pode ser relaxante, minorando ou mesmo fazendo desaparecer a tensão acumulada após um dia de trabalho, ou antes de uma competição onde “os nervos”, estejam “à flor da pele”.
A massagem pode ser igualmente revigorante e tonificante, estimulando músculos e tendões, preparando o “corpo” para o esforço.
Estes dois tipos de massagem (relaxante e revigorante) podem ser administrados por um massagista ou fazendo uma auto-massagem. Quando estamos com uma dor de cabeça, e com os dedos médio e indicador “massajamos” a zona temporal, estamos a auto-massajarmos.
A massagem é a mais pessoal das terapias. Implica uma estreita ligação entre o massagista e o massajado, visto haver um permanente contacto físico entre ambos. Talvez por isso, as massagens são muitas vezes vistas como práticas de índole sexual, onde por vezes o pudor, o desconhecimento e a desconfiança, impedem a boa prática de uma terapia, onde apenas os conhecimentos do massagista, aliado a “umas boas mãos” (saber de experiências feito), contam. A massagem, aplica óleos, gorduras e produtos sabonáceos, não recorrendo (na maioria dos casos) a fármacos. Contam mais vezes as “boas mãos”, do que quaisquer bálsamos ou pomadas anti-inflamatórias.
Será talvez esta uma das razões pela qual, já os chineses (cerca de 3000 AC) e os egípcios a praticavam.
Igualmente, os filósofos e os médicos gregos, já prescreviam esta terapêutica aos seus pacientes.

Objectivos da massagem

Na massagem, um dos objectivos é o revigorar ou relaxar, não só o corpo como também a mente.
A massagem revigorante, promove a renovação celular e ajuda a eliminar toxinas. Por sua vez, a massagem relaxante visa “amolecer” os músculos e articulações tensas, dando ao massajado uma completa sensação de bem-estar.
O nosso organismo, possui terminações nervosas ao longo de todo o corpo. Estas são estimuladas/relaxadas com a massagem. A massagem colabora também no aumento da circulação sanguínea, dando á pele, elasticidade e rigidez, retardando assim o aparecimento de rugas.
Nos músculos, com a massagem os nutrientes fundamentais ao sangue, circulam com eficácia melhorada. As luxações, entorses e cãibras, têm uma recuperação mais célere, se houver o recurso às técnicas de massagem.
No que concerne ao desporto, a massagem deve ser revigorante, antes da competição, treino ou exercício e relaxante após este, “acalmando” os músculos doridos.
Como é sabido da física, o calor dilata os corpos. A massagem, pelas suas características de fricção e ao “obrigar” o movimento de articulações e músculos, dilata os vasos sanguíneos. Assim o fluxo sanguíneo é aumentado, fazendo com que a circulação aumente o fluxo de linfa e de oxigénio, reduzindo assim o risco de infecções e de doenças.
A própria digestão é beneficiada. São melhorados os processos de assimilação e de eliminação, minorando problemas com a obstipação e flatulência. Uma massagem regular, é potenciadora de um melhorar da regulação digestiva.

Sunday, April 15, 2007

A MINHA HOMENAGEM 6



CATARINA REGALO


Nome Completo: Catarina Ferreira Regalo

Data de Nascimento: (desconhecida)

Clube Actual: Clube de Futebol “Os Repesenses”, Escola Futebol Clube (Molelinhos) e Selecção Distrital da Associação de Futebol de Viseu

Colectividades onde colaboramos: Clube de Futebol “Os Repesenses” e Selecção Distrital de Viseu




"Começa onde puderes, com o que puderes. Começa onde estás, mas começa. Nunca esperes uma situação perfeita para começar." (Ernst Schumacher)

A frase Ernst Schumacher que abre este breve texto de homenagem à Catarina Regalo é no fundo a história da sua ainda curta mas profícua carreira desportiva. Começou por orientar um pequeno grupo de meninas, nos jogos desportivos da cidade de Viseu. Quando nos primeiros dias de 2003, a Associação de Futebol de Viseu, resolveu criar a sua 1ª Selecção Distrital de sub-17 de Futebol Feminino, logo a Catarina foi chamada a colaborar. Dessa selecção de doze pioneiras que recordo com tanta saudade, quatro (Ângela, Chica, Cristiana e Neide), foram chamadas aos trabalhos da Selecção Nacional. Dessas quatro duas abandonaram momentaneamente o futebol devido aos estudos e as outras duas (Neide e Chica) continuam a dar seguimento ao excelente trabalho iniciado (e continuado) pela Catarina.
De forte personalidade, sempre se mostrou uma incondicional defensora das e dos atletas e interessada em evoluir nos seus conhecimentos técnico-tácticos na área do treino de futebol. Assim, foi com naturalidade que aceitou o meu convite (com o apoio da direcção, obviamente), para colaborar com uma dupla técnica (Nuno Santos e Prof. Luís Pereira) na orientação da equipa de juvenis do Clube de Futebol “Os Repesenses”. Inicialmente observando e aprendendo e pouco tempo depois incentivada pela referida equipa técnica, sendo mais interventiva e participante. Quando no final da época esta equipa se tornou campeã distrital, só com uma derrota no último jogo (onde já eram virtualmente campeões), a Catarina Regalo foi tratada como uma campeã de igual modo a todos os outros. Respeitada e acarinhada por todos os atletas, técnicos e dirigentes, criou laços profundos no clube que a levaram a outros voos, como o de integrar os quadros técnicos do clube. No ano passado, tive como pai, a honra de ver a Catarina a treinar uma equipa de Escolas, onde o meu filho era um dos atletas. No final da época, conseguiu conciliar aquilo que é mais difícil ao juntar a formação dos atletas enquanto desportistas e homens a um inegável espírito competitivo que levou a equipa dos Escolas do C.F.”Os Repesenses” a ser campeão ao fim de 15 jogos e 15 vitórias, facto segundo creio único no distrito de Viseu.
Este ano é treinadora do Escola Futebol Clube de Molelinhos, clube com o qual também já colaborei (ai que saudades), onde dirige um naipe de excelentes atletas já chamadas à Selecção Nacional como sejam: Ângela, Neide, Chica, Catarina Bernardes, Noémia, Ucha, Tânia Almeida e uma outra cujo nome não me ocorre.
A equipa do Escola por si (e por Quinjó) orientada, “arrisca-se” a obter o 3º lugar no campeonato Nacional da 1ª Divisão, certamente a melhor classificação de sempre de uma equipa do distrito de Viseu em Futebol.
E finalmente também uma verdade terá de ser dita. Quem gosta de futebol e de desporto, sabe o quão agradável é ver gente que alia a capacidade natural para orientar uma equipa de futebol a uma inegável beleza. Concordam comigo? OU NÃO?

Friday, April 13, 2007

VIOLÊNCIA NO FUTEBOL



“(…)Discutem e agitam e como gritam mas lá têm a razão(…)” trecho da letra “A Razão” de Carlos Paião

Nos últimos tempos o futebol deixou de ser um desporto das massas (humanas), para ser cada vez mais um desporto de massas (financeiras). Tenho saudades de ver o velhinho Estádio da Luz com assistências superiores a 100.000 espectadores.
Há quem aponte o elevado preço dos bilhetes como a principal causa pelo afastamento do público. Penso que é um dos factores mas, na minha opinião, não a mais importante. A falta de condições de segurança para o público (nomeadamente o mais jovem) e o choradilho de obscenidades, levam a que muitos homens responsáveis não convidem as esposas ou namoradas e os filhos para assistirem a jogos ao vivo.
Há uns anos, um septuagenário confidenciou-me a vergonha que sentiu quando o neto lhe perguntou se podia chamar filho da p… ao árbitro.
Existem similitudes entre o típico espectador de futebol e o típico automobilista português. Calmo e sereno enquanto cidadão comum, em casa e no emprego mas bruto, agressivo e violento quando ao volante do carro ou nas bancadas do estádio.
Sem dúvida que este tipo de indivíduos deverá e terá de ser banido quer das estradas quer dos recintos desportivos.
Uma das principais características destes “heróis” é a sua cobardia. Só agem quando em maioria, não escolhendo as suas vítimas. São autênticos touros raivosos “marrando” contra tudo o que é vermelho (leia-se tudo que não seja da sua equipa), quer sejam adversários, árbitros ou mesmo as forças policiais.
Eu próprio já provei o sabor amargo da agressão, curiosamente segundos após ter socorrido o guardião local. Foi simultaneamente caricato e doloroso.
Nas camadas jovens, os principais instigadores da violência, são os dirigentes e os progenitores (recuso-me a usar nestes casos a palavra educadores). Ainda há dias aquando da disputa dos 5º e 6º lugares do campeonato distrital de Escolas (Juniores E), ouvi um dirigente a dizer a um seu atleta para dar uma “cabeçada” a um adversário. Felizmente um competentíssimo e atento árbitro colocou-o no seu devido lugar.
No entanto, a mais infeliz das histórias que conheço e detém o 1º lugar no ranking da estupidez contra jovens, foi o que se passou há uns anos quando um infantil (com 12 anos) foi ameaçado de morte pelo treinador adversário. Palavras para quê? É um artista português.

Wednesday, April 11, 2007

Parabéns Mateus



Mateus Ramires Costa, nascido a 12/04/1986, no Brasil.

O Mateus é certamente um dos melhores jogadores de futsal a jogar em Portugal, estou em crer que num futuro muito breve o veremos a jogar ao mais alto nível quer pela sua inegável qualidade futsalista, quer pelas suas caracteristicas enquanto homem: Digno, honesto, amigo e trabalhador.

Um abraço bom amigo.

Tuesday, April 10, 2007

ENTORSES TIBIO-TÁRSICOS






Uma das lesões mais frequentes nos atletas, nomeadamente nos futebolistas, é o entorse tíbio-társico (vulgarmente apelidado de entorse do tornozelo). Este dá-se quando a articulação em causa é levada a movimentos extremos de supinação (entorse por inversão – pé virado para “dentro”), sem dúvida a situação mais vulgar ou, de pronação (entorse por eversão – pé virado para “fora”), o menos vulgar dos entorses tíbio-társicos.
Desengane-se quem pensar que só os jogadores de futebol estão sujeitos a este tipo de lesões. Uma vulgar pessoa ao descer um degrau das escadas ou, ao pisar uma simples pedra, pode contrair esta lesão. É certo que os desportistas, principalmente todos aqueles que fazem uso dos membros inferiores para a prática do desporto, estão mais propensos ao aparecimento destas lesões.
Nestes casos a prevenção é fundamental pois, como diz o nosso povo: “Mais vale prevenir do que remediar”.
Ligar os pés, demora menos do que cinco minutos e um entorse de Grau I, exige um tempo de paragem de onze dias. Sei que na maioria dos casos de entorses de Grau I, o tempo de paragem é inferior a estes onze dias. Eu próprio (e não sou mais do que ninguém, nem herói sendo até limitado na área da saúde onde todos os dias aprendo), já tive atletas que saíram lesionados no jogo de domingo com um entorse tíbio-társico de Grau I e jogaram no domingo seguinte. Mas, reconheço, jogaram limitados.

Entorses quanto ao grau

GRAU I – Distensão do ligamento sem roturas microscópicas, mínimo inchaço ou sensibilidade, perda funcional mínima, sem instabilidade mecânica da articulação;
GRAU II – Rotura microscópica parcial do ligamento com dor, inchaço e sensibilidade moderados nas estruturas envolvidas. Pouca perda do movimento articular e instabilidade leve ou moderada;
GRAU III – Rotura completa do ligamento com inchaço pronunciado, hemorragia e sensibilidade. Perda de funções e grave instabilidade articular. Impotência funcional. Dificuldade até para suportar o peso do próprio corpo.

Nos casos mais graves o entorse pode provocar um arrancamento ósseo. O único caso que presenciei até hoje foi no meu próprio caso. Em 1995, numa “peladinha” de futebol de salão (futsal) com uns amigos, pisei inadvertidamente a bola e logo senti um “estalo”. É de salientar que naquele momento usava caneleiras com protecção da articulação tíbio-társica, meias de enchimento, meias normais (vulgo meiões) e ambos os pés ligados. Nada resultou. Provavelmente limitou a gravidade de uma lesão já de si grave. Provavelmente, devido ao meu passado enquanto desportista, tinha (e ainda tenho) uma massa muscular bem desenvolvida e tendões (ligamentos) resistentes. Assim, como devido ao mecanismo da lesão, como não foi “possível” rasgar nenhum tendão, houve um arrancamento ósseo. Um médico, com quem falei na altura, deu-me uma curiosa imagem de uma fita-cola colada a uma parede (assim são os nossos tendões unindo os músculos aos ossos). Quando a fita é puxada, das três uma: Ou fica demasiadamente esticada, perdendo a sua elasticidade (distensão/estiramento), ou rasga (rotura) ou ainda arranca a tinta ou estuque da parede (arrancamento ósseo).

Tratamento

Uma das formas mais comuns de tratamento dos entorses tíbio-társicos menos graves é seguindo a sigla RICE (arroz em inglês)
Repouso
Ice (gelo)
Compressão
Elevação
O gelo é fundamental nas primeiras 72 horas. Este tem características analgésicas ou anti-álgicas (diminuição da dor), anti-hemorragicas (diminuição dos derrames) e anti-hematomas (reduzindo os hematomas)

Como fazer a aplicação do gelo?

Durante anos, sempre ouvi dizer que deveríamos colocar uma toalha grossa e dobrada sobre a região lesionada e por cima desta, um saco com gelo. Diziam ainda que em caso algum deveríamos fazer a aplicação directa do gelo devido ao perigo das queimaduras térmicas.
A aplicação tópica de sprays à base de cloreto de etilo, de arnica ou outros apenas dão uma analgesia parcial e temporária, nada resolvendo, dando muitas vezes origem a queimaduras de 2º grau quando usados indevidamente. Hoje existem sacos com gel de silicone, excelentes para a aplicação de frio.
Quanto à questão da aplicação de gelo directo, há que desmistificar o mito. Sou de opinião que o gelo se pode (e deve) ser aplicado directamente sobre a lesão, desde que sobre a forma de massagem, sempre no sentido da circulação de retorno (por exº do tornozelo para a coxa), devendo haver o cuidado para sistematicamente pesquisar a temperatura exterior da pele para evitar qualquer queimadura. Um simples cubo de gelo aplicado desta forma é bem mais eficaz do que um saco cheio de gelo.

Prevenção

Um correcto aquecimento (incluindo os alongamentos) é fundamental para a prevenção de entorses. Outros dos meios mais eficazes é aquilo que vulgarmente chamamos de “ligar os pés”.
Sei que a maioria dos atletas é averso a ligar os pés, dizendo que as ligaduras são incomodativas e que lhes restringe os movimentos. Por vezes, mesmo aqueles que ligam os pés fazem-no de forma errada. Os pés devem ser ligados com uma ligadura elástica (e não uma vulgar ligadura de pano ou de “cambric”), de forma a contrariar o sentido “normal” dos entorses mais vulgares (entorse por inversão). Assim, deve o pé ao ser ligado ser “puxado” para cima e “para fora”. Embora sejam muito mais práticos, os pés elásticos não produzem o mesmo efeito, excepção feita ao pés elásticos com tira preventiva de lesões.
Hoje no mercado já existe disponível um tipo de “calcanheira” com saco de gel que permite a um atleta lesionado com um entorse de Grau I, continuar a sua actividade física, fazendo simultaneamente aplicação de frio na articulação. Existe ainda uma panóplia de produtos com funções preventivas e curativas desconhecidos de grande parte dos agentes desportivos.

Sunday, April 08, 2007

A MINHA HOMENAGEM - 5



Nome (in)Completo: Graça Lopes
Data de Nascimento: (desconhecida)
Clube Actual: Clube de Futebol “Os Repesenses”
Colectividades onde colaboramos: Clube de Futebol “Os Repesenses”







D. G R A Ç A L O P E S

«O escopro de milhões de anos arrancou-te à pedra bruta,
modelou-te em pormenor.
O sangue de milhões de homens, em ti, a ferver, se escuta.
A harmonia dos teus gestos foi revolta, treva e luta.
O perfume do teu corpo foi temperado em suor»
António Gedeão

Falar e homenagear neste humilde espaço a Srª D. Graça Lopes é, dar a voz a centenas de atletas que com ela privaram e simultaneamente homenagear todas as mulheres que de forma abnegada se dedicam de corpo e alma ao desporto, na sua vertente de dirigismo.
Quem passou e colaborou (ou colabora) na última década com o C.F.”Os Repesenses”, não pode esquecer a figura impar que é a D. Graça. Creio (se a memória não me trair) que só lhe falta ser treinadora de uma equipa. Nos jovens nota-se um carinho imenso por esta Senhora, carinho esse que lhes é retribuído. Conhece todos os actuais e antigos atletas pelo nome. É a primeira a incentivá-los e é também a primeira a repreendê-los por atitudes menos dignas. Num mundo tradicionalmente machista, é ela a figura materna fazendo com que (pelo menos em Repeses) os atletas pratiquem o futebol, evitando quando ela está presente (e são mais as vezes em que está presente do que aquelas em que está ausente), o aumentar do léxico ordinário e obsceno que infelizmente graça pelos campos de futebol do nosso País. Os pais dos jovens ficam profundamente descansados pois sabem que além da educação desportiva que lhes é transmitida pelos técnicos e dirigentes têm, o complemento da sua educação cívica na D. Graça Lopes. Eu, como pai de um dos muitos atletas que defendem as cores do C.F. “Os Repesenses” ficou orgulhoso e tranquilo com a sua presença.
O meu (nosso) muito obrigado D. Graça Lopes.

Friday, April 06, 2007

QUEM CORRE POR GOSTO É... ATLETA










(…) O Rui Cordeiro (jogador da Selecção Nacional de Rugby) que é veterinário em Trás-os-Montes, não dorme uma vez por semana, ou dorme numa bomba de gasolina, para no dia seguinte ao treino ir trabalhar às 5h30m(…). Vasco Uva – Capitão de Equipa da Selecção Nacional de Rugby in Record Dez de 31/03/07.

Sempre ouvi dizer que quem corre por gosto, não cansa. Ou, como diria um amigo meu, quem corre por gosto, é… atleta.
A principal característica que distingue o atleta amador do profissional é o seu amor ao desporto. Mesmo aqueles amadores que recebem ajudas para suprir as despesas extras com a actividade desportiva o que os faz correr é sem dúvida o seu amor ao desporto. Faço uma ressalva para definir o que entendo por atleta amador. No meu conceito atleta amador não é aquele que é inscrito como amador nem, aquele que pratica o desporto sem receber qualquer verba. Para mim é todo aquele que pratica o desporto, sem fazer dele um modo de vida e uma vantajosa opção financeira. Não concebo o uso da palavra amador em atletas que recebem mensalmente mais do que mil euros e ainda têm direito a cama e mesa.
Outra das características que distingue os verdadeiros atletas amadores é o seu espírito de sacrifício. Mesmo não sendo um atleta de eleição, darei o meu caso como exemplo. Pratiquei desporto durante vários anos, abandonando, ainda muito novo aos vinte e cinco anos. Durante 13 anos (12 aos 25), fui atleta federado de Rugby, tendo jogado contra as melhores equipas e os melhores jogadores nacionais. Ganhei e perdi muitos jogos. Os nosso treinos - já agregados a uma colectividade como o Clube Desportivo de Tondela (o maior clube do concelho de Tondela e um dos maiores do distrito de Viseu) – começavam após o términus dos treinos dos seniores de Futebol (cerca das 21h30m). Eu, que vivia numa aldeia a cerca de 5 Km de Tondela, deslocava-me a pé para os treinos. Após o treino (23h00m – 23h30m), cansado e de mochila às costas, voltava igualmente a pé, para casa de meus pais. Durante algum tempo, tive a companhia de outro jogador morador na mesma aldeia. Porém na maior parte das vezes, tive de fazer o percurso sozinho, no meio de pinhais, debaixo de chuva, vento, trovoada e com a mochila carregada de roupa molhada. Que me lembre, a não ser por doença, jamais faltei a um treino.
Outro dos casos que me recordo, e já o contei neste espaço é o de uma atleta que se deslocava de Nespereira de Cinfães para Molelinhos (Tondela) só para treinar e jogar, sobrecarregando financeira e fisicamente os seus pais. Exemplos como este podem-se encontrar facilmente noutras atletas do meu querido Escola Futebol Clube (Molelinhos) que se privam da sua vida particular para poder comparecer aos treinos e aos jogos, nada recebendo e ainda tendo de pagar o material de treino (roupa e calçado).
No entanto, é com desilusão que vejo o apoio quer das entidades oficiais, quer de alguns patrocinadores, que financiam com maior facilidade os clube que possuem “amadores” que recebem uma gratificação mensal de mais de mil euros, do que as “profissionais” do Escola Futebol Clube de Molelinhos e as camadas jovens da maioria dos clube que apenas têm direito a um sumo e uma sandes no final do jogo. Estes “profissionais” têm aquilo a que um meu amigo treinador chamou de “contratos de broa e chouriço”. Já é tempo de dar valor a quem faz as coisas por amor.

Wednesday, April 04, 2007

Porque aquecem os atletas?






Antes de qualquer actividade física, o organismo deve ser devidamente preparado. O aquecimento muscular é fundamental, não só para o majorar da qualidade e quantidade do exercício físico a praticar, bem como um prevenir o aparecimento de lesões.
Não só a preparação física se obtém com o aquecimento. Obtém-se igualmente o “aquecimento psicológico” (motivação).
O aquecimento (muscular e psicológico) esta condicionado por factores como sejam a motivação, experiência do atleta, espaço físico, temperatura e sobretudo o tipo de esforços a que o sistema muscular e suas ligações vão estar sujeitos e das condições do estado do terreno e climatéricas.
Este, deverá provocar o aumento da temperatura corporal, uma melhor oxigenação sanguínea, sem nunca atingir o ponto de saturação (fadiga).
Na maior dos casos, a sudação é um precioso indicador da proximidade ou mesmo do atingir da temperatura ideal e de um correcto aquecimento. Neste período, deve-se ter especial atenção às articulações e aos grupos musculares mais solicitados. O aquecimento de um basquetebolista é diferente com o do andebolista ou do futebolista. Mesmo nos praticantes da mesma modalidade, o aquecimento é diferenciado. No casos dos guarda-redes, os membros superiores devem ser “trabalhados” de forma diferente aos membros superiores dos defesas, médios ou avançados.
A duração do aquecimento está directamente relacionado com factores como altitude, a virilidade/violência dos exercícios a executar, do possível e eventual contacto físico. à idade do praticante e à temperatura ambiente.
O vestuário utilizado, deve ser adequado às condições climatéricas. Em caso de temperatura baixa, deverá o atleta aumentar a quantidade de roupa, fazendo o inverso em dias em que a canícula eleve o mercúrio nos termómetros. É igualmente aconselhável o uso do impermeável em dias de chuva.
Após o aquecimento, deve o atleta trocar o equipamento suado por um equipamento seco, pois se não o fizer os líquidos oriundos da sudação arrefeceram e com eles o próprio corpo do atleta.
O tempo que medeia, entre o final do aquecimento e o início da actividade, não deverá ser excessivamente extenso, para não haver o risco de arrefecimento corporal do atleta. Este intervalo é igualmente condicionado por factores como a temperatura ambiental.
Em modalidades, com um período de repouso entre duas ou mais partes, deverá ser previsto um re-aquecimento muscular, sem que este referido período de repouso, possa provocar (ou provoque) o arrefecimento do atleta.
O aquecimento, deverá ser sempre executado pelo próprio atleta, não devendo recorrer (por menores índices de eficácia), a métodos como a massagem ou aplicação supercial de calor. A aplicação de ambos os métodos e também aconselhado em alguns dos casos. Por exemplo, quando o período de aquecimento for insuficiente ou o período, entre o final do aquecimento e o início da actividade for demasiado longo, será correcto e benéfico, o recurso a massagens revigorantes, usando bálsamos de aquecimento.
Em muitos casos, a massagem, antes da competição, têm mais efeitos psicológicos do que efeitos físicos.
Convém não esquecer, que além do aquecimento muscular, deve o praticante ser “aquecido” psicologicamente. Ao entrar no balneário, o atleta deve ser motivado, para o desempenho da actividade que vai desenvolver (ou tentar desenvolver). Nesse momento, toda a sua concentração, capacidade e pensamento, devem estar direccionados para o que vai fazer e para o que lhe pedem para executar. Em desportos colectivos, os interesses pessoais devem ser colocados de parte, em prol dos interesses e objectivos do grupo de trabalho. Este deve funcionar como um todo. O “aquecimento psicológico” do grupo de trabalho é efectuado muitas vezes, com o chamar de valores, objectivos e metas, terminando quantas vezes com o chamado “grito de guerra”.
Tendo sempre em conta, a individualidade de cada atleta, deverá este por si, aquecer muscular e psicologicamente de acordo com as suas necessidades.
Por fim, poder-se-á dizer que o aquecimento muscular, cria a motivação para o esforço e o aquecimento psicológico é a própria motivação.

Monday, April 02, 2007

Parabéns Rui Dias


Rui Dias, nascido a 02/04/1982. Grande guarda-redes e grande amigo com quem tive o raro previlégio de trabalhar.

Sunday, April 01, 2007

A MINHA HOMENAGEM - 4


Nome Completo: Lino Emanuel Silva Pinto

Data de Nascimento: 30 de Janeiro de 1988

Clube Actual: Clube de Futebol “Os Repesenses”

Colectividades onde colaboramos: Selecções Distritais da Associação de Futebol de Viseu e Clube de Futebol “Os Repesenses”


L I N O


“Os Goleiros (guarda-redes), não ganham os jogos. Só perdem” “A posição do goleiro é tão má que no sítio onde joga nem a grama (relva) cresce”. (Duda Guennes – Jornalista e escritor brasileiro, autor das crónicas no jornal “A Bola” Meu Brasil Brasileiro e do livro com o mesmo nome)

Conheci o Lino Pinto, ainda ele era jogador da equipa de Lamego e nas selecções distritais já evidenciava uma superior classe que fazia com que atletas mais velhos fossem seus suplentes. Foi com ele que disputei o 1º torneio de sub 14 pela selecção distrital da A. F. Viseu, onde obtivemos o prémio que mais ambicionávamos: A Taça Disciplina. Recordo que dessa equipa fazia parte Tiago (o outro guarda-redes ) que mais tarde viria a ser jogador do Sport Lisboa e Benfica. Lino, sempre “camuflou” a sua pouca altura (para um guarda-redes) com uma classe invejável e com uma dedicação aos treinos que jamais havia visto noutro atleta. A segurança e orientações que transmite aos seus defesas, fazem com que todos os atletas que consigam jogam sintam uma enorme confiança nas suas actuações. No capítulo disciplinar é um jogador de uma educação extrema quer com os colegas, dirigentes e técnicos, quer com os adversários e com os árbitros. É um guarda-redes completíssimo. Sempre muito bem aconselhado pelo seu pai, também ele um antigo guarda-redes que no passado fez furor ao ser campeão nacional pelos Cracks de Lamego, ao lado de jogadores como o ex-benfiquista Álvaro Magalhães, Lino foi evoluindo a cada época, sendo actualmente (na minha modesta opinião) um dos melhores guarda-redes do distrito de Viseu. Sortuda e inteligente será a equipa que o contratar no final da presente época, uma vez que na época 2007/08, já será sénior.
Ao Lino, o meu mais profundo agradecimento pelas alegrias que me deu enquanto adepto e pelo pouquíssimo trabalho que me deu enquanto massagista.
Aqui fica a minha singela homenagem e um abraço do amigo.